segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

HUMSOL extrapola fronteiras e chega ao Rio de Janeiro

Por ocasião do dia 5 de fevereiro, quando se comemora o Dia Mundial da Mamografia, o HUMSOL extrapolou suas fronteiras e chegou ao Rio de Janeiro, oportunidade em que a mídia carioca relatou a experiência do Instituto através do “Projeto Chaveiro da Vida – Prevenção ao alcance das mãos”.
Na reportagem, publicada no jornal O Estado do Rio de Janeiro, Tania Mary Gomez transmite a mensagem de esperança e da importância do diagnóstico precoce, motivo pelo qual o Chaveiro da Vida precisa ser levado a um número cada vez maior de mulheres.
Acesse o jornal O Estado do Rio de Janeiro e leia a matéria na íntegra.
http://www.oestadorj.com.br/?pg=noticia&id=4450&editoria=Ciência%20e%20Saúde

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

5 de fevereiro: Dia Mundial da Mamografia. Você já fez a sua esse ano?

Uma das principais causas de morte entre as mulheres no mundo, o câncer de mama é o tipo de tumor mais comum entre as brasileiras. A descoberta precoce da doença faz com que a chance de recuperação seja de 95%.
Para conscientizar a população sobre a importância dos exames preventivos, o dia 5 de fevereiro é o Dia Nacional da Mamografia. A data foi escolhida por ser o de Santa Ágata, protetora das mamas e padroeira dos mastologistas.
Atualmente, as mulheres detectadas com a doença já estão em estágio avançado, cenário que pode ser alterado com políticas públicas que incentivem a mamografia e permitam acesso aos tratamentos adequados.
Os índices de mortalidade podem ser reduzidos com diagnóstico precoce e tratamento correto e em tempo. Ainda no Brasil se enfrenta outro obstáculo para vencer a doença: a demora em se iniciar o tratamento do câncer após o diagnóstico. No Brasil, esse prazo é de seis meses em média.
Idade para começar
No ano passado, uma polêmica em torno da idade correta para se iniciar a mamografia de rotina deixou pacientes confusas no Brasil e nos EUA. Muitos médicos defendem que o exame seja feito a partir dos 40 anos, enquanto outros antes dessa idade.
No entanto, o protocolo padrão é a idade de 40 anos e, em alguns casos específicos, quando existam casos da doença na família, o exame pode ser feito antes.
Chaveiro da Vida na luta contra o câncer de mama avançado
O “Chaveiro da Vida”, que é um dos projetos integrantes da ONG HUMSOL, está nessa luta a favor do diagnóstico precoce e contra o avanço da doença. Para isso, realiza palestras educativas voluntárias, onde alerta a população feminina sobre a necessidade de manter os exames de mamografia em dia.
Aliado a isso, os voluntários também realizam junto às mulheres a oficina com a construção do Chaveiro da Vida, um recurso didático e de efeito multiplicador na prevenção do câncer de mama.
Juntos – poder público, sociedade civil, mídia, médicos e terceiro setor – é possível evoluir na saúde pública e salvar muitas mulheres.
E, como hoje é o Dia Mundial da Mamografia, fica aqui a pergunta: você já fez a sua esse ano?!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pensamento estratégico é necessário em situações de emergência.

O terremoto no Haiti e as chuvas de São Luiz do Paraitinga e Angra dos Reis despertaram iniciativas de caridade no Brasil e no mundo. Pessoas, instituições e empresas se mobilizaram para recolher donativos e enviar dinheiro para amparar as vítimas.

Mas situações de emergência apresentam desafios para que a ajuda chegue a quem precisa. “É preciso evitar a improvisação por meio de uma coordenação articulada”, afirma Jacques Marcovitch, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo.

O primeiro passo é entender quais são as necessidades imediatas da região. Por isso, é necessário fazer o mapeamento dos recursos existentes na região, o que exige calma e pensamento estratégico, de acordo com Lucia Dellagnelo, diretora executiva do Instituto Comunitário Grande Florianópolis (Icomfloripa).

A entidade foi uma das que apoiou as ações de emergência depois das enchentes nas cidades do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Na época, a Defesa Civil local começou a receber pedidos de pessoas físicas e empresas que queriam ajudar, mas não sabiam o que fazer. Ao mesmo tempo, voluntários se dirigiram ao local para trabalhar. “Apesar das boas intenções, criou-se um problema a mais para a Defesa Civil, pois não havia onde hospedar ou como capacitar este pessoal. Alguns chegaram a se expor a riscos”, lembra Lucia.

Foi então que surgiu a ideia do Força Voluntária (www.forcavoluntaria.com.br), um programa de capacitação e cadastramento de voluntários para atuarem nestas situações. “Quando precisávamos de um voluntário ou um tipo de donativo, acionávamos o instituto, que entrava em contato com as pessoas e empresas certas”, diz o major Marcio Luiz Alves, da Defesa Civil de Santa Catarina.

Quem organiza campanhas, precisa se preocupar também com a triagem dos donativos. “Vem muita roupa rasgada e suja”, afirma o major. “Muita gente acha que, porque as pessoas estão em uma situação ruim, qualquer coisa serve”, pontua Cláudia Calais, gerente de responsabilidade social da Fundação Bunge.

A experiência ensina que a definição de um nicho de atuação também é importante, para que os esforços sejam bem direcionados. O Icomfloripa focou seu trabalho em crianças e adolescentes de até 12 anos: trabalhou na reestruturação das ONGs que atendem a este público e capacitou assistentes sociais e conselheiros tutelares para atuarem durante e depois da emergência.

A instituição também criou um fundo para receber doações em dinheiro e fazer uma gestão mais rápida dos recursos financeiros. Isto porque os governos locais haviam arrecadado R$ 30 milhões, mas não podiam gastar o dinheiro imediatamente por questões legislativas.
Lucia alerta, no entanto, que é preciso tomar cuidado para não ultrapassar limites e assumir o papel do poder público. Esta também foi a preocupação da Fundação Bunge, que participou do atendimento de emergência e se engajou na reconstrução das cidades.

A instituição investiu no projeto de bairros sustentáveis, que possam suportar melhor a realidade geográfica local. “Vamos oferecer o projeto e reconstruir a Escola Angélica Costa, em Gaspar, mas não vamos reconstruir a cidade. Este é o papel da gestão pública”, comenta Cláudia Calais, gerente de responsabilidade social da Fundação Bunge.

O projeto foi desenhado a partir da consulta a especialistas em diversas disciplinas para compreender as características da geografia local e como os bairros deveriam ser reconstruídos de forma a suportarem melhor situações como as enchentes de 2008.

O objetivo é que, a partir deste projeto, as prefeituras e o Estado reconstruam as cidades de maneira sustentável. Por isso, os arquitetos que trabalham no projeto foram orientados a propor soluções acessíveis e replicáveis, que possam se tornar política pública.

Tanto a Fundação Bunge quanto o Icomfloripa perceberam a importância de compartilhar o conhecimento. Por isso, produziram material a fim de preparar outras instituições e governos para ajudar as populações em caso de emergência.

A fundação fez um livro e um vídeo chamados “Conhecer para Sustentar”, que foram distribuídos para outras ONGs e para os governos. Já o Icomfloripa criou um guia de assistência a crianças e jovens em situações de emergência.

As ações já produziram resultados. Em 2009, as chuvas no Vale do Itajaí se repetiram e houve inundações. A situação não foi tão dramática quanto no ano anterior. “Deu para perceber que a população estava mais preparada”, conclui Lucia.

Fonte: Gife ( http://site.gife.org.br )

Nossa homenagem a Dona Zilda Arns

Em 1983, quando não se falava de responsabilidade social nem muito menos sustentabilidade, a visionária e humanista Dra. Zilda Arns já vislumbrava que, neste século que vivemos, tudo dependeria da relação do homem com o meio ambiente, da sobrevivência das crianças e do seu meio adverso para que pudesse dar sentido à palavra sustentabilidade.
Porque, afinal, como discursar sobre sustentabilidade se nem as condições básicas de água, esgoto e comida essas famílias carentes tinham acesso? Foi essa a grande contribuição de Dona Zilda à humanidade. Visitando os grotões de um Brasil sem os mínimos itens de dignidade, com gente morando em palafitas e tentando dar sustento a várias bocas sem emprego nem renda, Dona Zilda foi fundo nas questões de sustentabilidade e de responsabilidade social.
De nada adianta doar cestas básicas ou atos assistencialistas se não se combate o mal pela raiz. E ela foi uma verdadeira “Dom Quixote” e, com sua multimistura e soro caseiro, conseguiu reverter os quadros alarmantes de mortalidade infantil. Se hoje somos um país com voz internacional, uma das razões é ter deixado a pré-infância como nação.
Não foi apenas atacar a fome voraz a única missão de Dona Zilda. Ela também resolveu estender essa rede de voluntariado feita com gente como a gente a outros países. Foi essa a razão de ela estar ali. Se era a hora errada e o momento errado, quem sabe? O nosso coração com certeza dirá que sim, mas para a humanidade os líderes sempre se vão com impacto para chacoalhar a humanidade e apontar o dedo para dentro de nós mesmos. E ele nos chama para a necessidade de olhar para nosso lado e não muito longe de nós. No entorno da empresa, na vizinhança, no idoso ao lado trancafiado e deixado de lado pelos familiares... Tudo é oportunidade para ajudar.
Em sua visão futura de ajuda humanitária, ela deixou a mensagem para que possamos olhar o outro e, por esse motivo, já nos alertou que o Brasil está envelhecendo e junto com ele as pessoas... Em outra missão, a de falta de estrutura para que as pessoas pudessem se sustentar, a Pastoral hoje possui oficinas que traz voluntários para ensinar uma nova fonte de renda. Não basta dar o peixe, é preciso ensinar a pescar.
E, para nos ater a somente mais uma das tantas qualidades dessa lutadora, a própria rede de voluntários da Pastoral da Criança, hoje formada por mais de 300 mil pessoas, é admirável. Os voluntários prometem continuar a caminhada de Dona Zilda Arns e mostram no olhar a falta que o seu carisma fará. No entanto, como toda liderança que se preze, ela deixou tudo pronto para sua derradeira partida e mostrou pelo exemplo que é possível fazer muito com pouco, dar um pouco de si a quem tem quase nada.
Anjo Zilda Arns, sua missão foi cumprida. Agora cabe a nós mirar esse exemplo e seguir em frente.

Voluntários do HUMSOL